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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Sugestões para a celebração
e vivência da liturgia



a) Convidar as pessoas a trazer para a celebração um símbolo da paz: ramo de oliveira, flor branca, para colocar junto a uma imagem de Nossa Senhora.

b) Na procissão de entrada, pode ir um ícone de Maria com o Menino, elevado, que depois será colocado num lugar de destaque.

c) Fazer a entrada da Bandeira da Paz, logo após o Ato Penintencial, coincidindo com o Hino de Louvor: na alegria do nascimento do Salvador, pedimos que ele, o Príncipe da Paz, zele por toda a humanidade.

d) Proclamar a Bênção para o Primeiro Dia do Ano (Missal Romano, pág. 554).

e) Entregar às pessoas uma oração para rezar neste dia em cada família. Segue uma proposta:
Senhor, eis-nos aqui reunidos neste dia.
Nós te agradecemos o Ano que passou e te pedimos que abençoes este Novo Ano.
Que possamos sentir em cada dia a tua presença e o teu amor. Que a tua força nos apóie, que a tua alegria habite em nós. E que no início do próximo ano nos encontremos todos novamente reunidos. Amém.

f) Sugestão de Cantos:
Abertura:
Tu és a glória de Jerusalém (CD Festas Litúrgicas I - Paulus)
Tu és bendita (CD Maria, Mãe de Jesus – Paulus)
Nasceu-nos hoje um menino (CD Liturgia V – Paulus)

Apresentação dos Dons:
Que maravilha, Senhor estar aqui! (CD Festas Litúrgicas I – Paulus)
Nas terras do Oriente (CD Liturgia V – Paulus)
Bendito sejais, Senhor (CD Liturgia XII – Paulus)

Comunhão:
Senhor, fazei-me instrumento (CD Festas Litúrgicas I – Paulus)
Da cepa brotou a rama (CD Liturgia V – Paulus)
Cristo, quero ser instrumento (CD Francisco & Clara, o Musical – Paulinas)

Oitava do Natal - 2ª Parte

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus




Na Eucaristia de hoje, dia 1 de Janeiro, além da maternidade divina de Maria, que é o acontecimento central, há outros aspectos a ter em conta: a oitava do Natal, a circuncisão e a imposição do nome ao recém-nascido Filho de Deus, o início do ano civil e o Dia Mundial da Paz. Nem todos têm a mesma relevância. Por isso, é necessário hierarquizar a sua importância na celebração.

O tema principal deste dia é a maternidade divina de Maria. A partir da perspectiva de Maria, continuamos a contemplar o mistério do nascimento do Filho de Deus. As leituras e as orações da missa mostram Maria como Mãe de Deus. Deus entregou-nos o seu Filho pela maternidade de Maria (Oração do Dia); “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher” (2ª Leitura). Maria é o instrumento escolhido por Deus para concretizar o seu plano salvífico. Ela, com o seu “sim”, faz com Deus se encarne e abra os olhos à luz deste mundo. Ela recebe o Filho de Deus como um dom, que transformou a sua vida, e entregou-O ao mundo. Como Maria, nós também O recebemos como um dom, ocupando o centro da nossa vida para a transformar. Como Maria, devemos entregá-Lo aos outros.

Hoje, conclui-se a semana durante a qual, como se um único dia se tratasse, celebramos o nascimento do Filho de Deus. Hoje, é a oitava do Natal. As leituras bíblicas que se proclamarão na liturgia da palavra continuarão a ajudar-nos a contemplar este acontecimento salvífico: a 2ª Leitura fala-nos da finalidade da encarnação; o evangelho narra o nascimento de Jesus Cristo e a sua apresentação no Templo.

A Oitava do Natal coincide com a circuncisão e a imposição do nome ao recém-nascido Filho de Deus: Jesus (como foi indicado pelo anjo na anunciação). Na parte final do evangelho, S. Lucas descreve brevemente este acontecimento. Jesus significa “Deus salva”. Com o nome escolhido, Deus, desde sempre, manifesta a razão e o objetivo do nascimento do seu Filho: a salvação da humanidade. A Oração sobre as Oferendas contém esta ideia ao referir-se a este mistério da vida do Senhor como “as primícias da vossa graça”.

Hoje, é o primeiro dia do ano: um novo ano. No aspecto litúrgico, este fato não é muito importante, mas na sociedade tem um grande significado. Será oportuno o oficiante, no início da celebração, depois da saudação litúrgica, desejar um feliz ano novo à assembleia.  Também poderá fazer este voto antes da bênção final. No Missal, há um formulário de bênção solene para o primeiro dia do ano que poderá (e deve) ser utilizado.

Por vontade do Papa Paulo VI, no primeiro dia do ano, a Igreja reza de um modo especial pela paz. Por intercessão de Maria, Rainha da Paz, a Igreja pede ao Seu Filho, Príncipe da Paz, o dom supremo da paz; dom que vem do alto, fruto da bênção de Deus, como nos dirá a 1ª Leitura. Nas monições e na homilia, será oportuno fazer referência ao Dia Mundial da Paz e ao tema da Mensagem Papal. Este ano o tema é Liberdade religiosa, caminho para a paz!, e pode ser encontrada no link abaixo:

domingo, 26 de dezembro de 2010

Oitava do Natal - 1ª Parte

A extensão da solenidade do Natal do Senhor
A Oitava do Senhor

De 25 de dezembro a 1º de janeiro refaz-se um tempo de oito dias, isto é, os 7 dias da criação perfeita, mais o 1.º dia da Nova Criação que tem por cabeça o Novo Adão, Jesus Cristo. Todos esses oito dias são considerados um só dia de festa: é o Natal.

Neste domingo, dia 26, celebramos a sagrada Familia de Nazaré. É uma festa móvel, no domingo entre o dia 25 de dezembro de 1º de janeiro. Quando não há um domingo, essa festa vai para o dia 30 de dezembro.

Também hoje, dia 26 de dezembro, comemoramos a festa de Santo Estêvão, protomártir da Igreja, isto é, a primeira pessoa a morrer pela fé em Jesus Cristo. Seu martírio foi contado nos Atos (6-7)e ocorreu porque ele acabou tendo uma posição proeminente como pregador e trouxe a inimizade de um grupo de judeus em Jerusalém.
Levado à presença do Sinédrio ele se defendeu com paixão e eloquência (Atos 7, 2-53) mas não fez nada para suavizar a ira dos seu inimigos. Foi arrastado para fora da cidade e apedrejado até a morte de acordo com a Lei Mosaica.
As ultimas palavras de São Estêvão foram: "Jesus, meu Senhor, receba meu espírito".
Pedindo ainda perdão para seus atacantes, ele foi enterrado como um homem devoto e sua morte teria sido muito lamentada.



No dia 27 de dezembro,  celebremos o dia de São João Apóstolo. São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus. Além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse.
João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de existência, à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago, e em provável sociedade com André e Pedro.
As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discipulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.
De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo “dormiu” (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a mesma estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa.


No dia 28 de dezembro, celebramos a festa dos Santos Inocentes. Os santos inocentes são as crianças do sexo masculino  que foram sacrificadas na cidade de Belém, cidade onde nasceu Jesus e cujas mortes foram relatadas em Mateus 2, 1-18.Essas crianças foram assassinadas pelos soldados cumprindo  a ordem do Rei Herodes de modo a prevenir a velha profecia que o Rei dos Judeus e iria nascer naquela cidade e seria o rei de todos os povos. Não entendendo bem o tipo do reino, Herodes ordenou  a matança de todas as crianças de menos de um ano. Não se sabe quantos foram assassinados, mas pode-se deduzir que não foram muitos porque a população de Belém não era grande naquela época.
A festa dos santos Inocentes é do Século V. A morte destas crianças manifesta, a seu modo, a realeza de Jesus. Foi por ter acreditado na palavra dos magos e do príncipe dos sacerdotes, por ele consultados, que Herodes viu o menino de Belém como uma ameaça a seu trono. Assim que sou mandou perseguir o Rei dos Judeus que acabara de nascer. Mas, como canta a Igreja: "Cruel Herodes, que receia tu da vinda de Cristo? Não arrebata os cetros mortais, aquele que dá os reinos celestes".


Os dias 29 e 30 de dezembro, são missas dentro da oitava, que se celebram com toda a solenidade necessária, pois ainda é natal do Senhor.


Já o dia 31 de janeiro, a Igreja comemora a memória de São Silvestre. Nasceu em Roma e foi ordenado pelo Papa São Marcelino durante a paz que precedeu as perseguições do imperador Diocleciano. Ele passou através desses anos de terror, e assistiu a abdicão de Diocleciano e de Maximiliano e assistiu ao triunfo de Constantino em 312. Dois anos mais tarde ele sucedeu a São Melquiades como Bispo de Roma. No mesmo ano, ele enviou quatro legatários para representa-lo no grande Concílio da Igreja Ocidental em Aries. Ele confirmou suas decisões naquele Concílio implementou-as na Igreja.
No Concilio de Nicéia, também reunido no seu reinado, no ano de 325, mas não podendo assistir devido a sua idade avançada, enviou seus legatários que encabeçavam a lista dos signatários dos seus decretos, precedendo assim aos Patriarcas da Alexandria.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sagrada Família - Sugestões


SUGESTÕES PARA UMA VIVÊNCIA

DA CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

a) No Domingo dentro da oitava do Natal, a Igreja celebra a festa da Sagrada Família e não uma vaga “festa da família”, ou mesmo uma celebração da “família cristã”. A perspectiva continua a ser a do Natal, ou seja, o nascimento do Salvador, contemplando em especial este aspecto significativo da Encarnação do Verbo: a sua inserção numa família humana concreta.

b) Entretanto, para a família cristã e para a Igreja como família de Deus esta festa fornece temas, modelos, e valores humanos e evangélicos. Atualizá-los na pregação poderá ajudar a escapar à monótona repetição das mesmas ideias e lugares comuns em que facilmente se cai, devido ao acumular de celebrações em poucos dias.

c) O ícone ou imagem da Sagrada Família poderá ser colocada num lugar de destaque (não encima do altar)

d) Cantar o Hino de Louvor.

e) Na Liturgia da Palavra, as leituras poderão ser proclamadas por um pai, por uma mãe e por um filho.

f) No final da homilia, poderá pronunciar-se a Bênção sobre as famílias.
Canto: Ilumina, Ilumina (Padre Zezinho, scj).

g) Seria oportuno convidar todos os casais que festejam 25 ou 50 anos de casados para estarem em lugar de destaque na assembleia.

h) Sugestão de cânticos: Deve-se dar preferência aos cantos do Tempo do Natal, lembremos que esta solenidade está inserida no mistério do Natal e não é uma festa isolada.

Abertura: Nasceu-nos hoje um menino (CD Liturgia V – Paulus)
                     Olhando a Sagrada Família (Hinário Litúrgico IV)

Apresentação dos Dons: Cristãos, vinde todos (CD Liturgia V – Paulus)

Comunhão: Da cepa brotou a rama (CD Liturgia V – Paulus)

Despedida: Oração pela família (Padre Zezinho, scj)
                        Sagrada Família de Nazaré (CD Venham trabalhar na minha vinha – Paulus)


______________

Na próxima semana celebraremos duas outras importantes solenidades: Santa Maria, Mãe de Deus (primeiro dogma mariano) e a Epifania do Senhor.

Domingo da Sagrada Família


REFLEXÕES BÍBLICO-PASTORAIS

Domingo e Natal: duas realidades a ter em consideração para a preparação desta festa. O Domingo, Dia do Senhor, é a causa máxima que nos faz reunir para celebrar a Eucaristia. Neste domingo, celebramos o Senhor, contemplando a Sagrada Família. É uma oportunidade para refletirmos nas nossas famílias e na importância da família. Refletimos sobre a família, celebrando o mistério do Natal: o Filho de Deus fez-se homem, no seio de uma família, de um povo, de um país. Para algumas famílias, estes dias festivos são muito difíceis, especialmente para aquelas que perderam alguém, ou que vivem em crise, ou que nelas tenha havido separação.

Assim, para esta celebração seria muito bom que se tivesse em grande consideração o elemento da paz. Dar à celebração um tom de tranquilidade e de paz; aquilo que muitos desejariam encontrar no seio familiar e na sua casa. Não será bom fazer da homilia um discurso sobre os perigos que afetam a família nos dias de hoje. Procurar rezar, tendo em conta a realidade da família. Preparar muito bem as intenções da Oração Universal, procurando exprimir as necessidades que têm as famílias da comunidade paroquial.

As leituras deste domingo têm como centro o evangelho, onde se narra a fuga de Maria e de José com o Menino para o Egito. A 1ª leitura é uma compilação de ditos sapienciais populares que se referem ao relacionamento dos pais para com os filhos e vice-versa. O Salmo canta que a família será feliz se seguir o caminho do Senhor. Na 2ª leitura, S. Paulo dá-nos recomendações preciosas para a vida comunitária e para a vida familiar. A partir da 2ª leitura, olhemos para o grupo dos discípulos de Jesus como uma família. Fomos “chamados para formar um só corpo”. Jesus Cristo, Filho de uma família, tornou-nos filhos de Deus, irmãos. A família é uma realidade humana, assumida pelo Filho de Deus. O Filho de Deus tem como sua cada uma das nossas famílias; não porque sejam modelos ou porque tenham importantes categorias, mas porque nelas vivemos. Com Jesus, a família é iluminada pela luz da fé.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal do Senhor - Sugestões - 2ª parte


Sugestões para a celebração
e vivência da liturgia

a) O tempo do Natal começa na tarde do dia 24 de Dezembro com a Missa da Vigília e prolongar-se-á até ao dia 9 de Janeiro, com a festa do Batismo do Senhor.

b) Tradicionalmente pouco valorizada, a “Missa da Vigília” deverá celebrar-se onde houver Missa vespertina pela tarde. Para o dia de Natal o Missal prevê três Missas (Noite, Aurora e Dia), cada qual com orações e leituras próprias. Quanto às leituras, a rubrica do Lecionário permite alguma liberdade de escolha de entre as propostas. Contudo, não se omita na Missa da Meia-noite o tradicional relato da natividade segundo S. Lucas, ou, na Missa principal do Dia, a leitura do prólogo de S. João. São também três os prefácios possíveis para o dia e para o tempo de Natal.

c) Na Procissão de Entrada, poderiam as crianças levar lâmpadas de azeite acesas (velas/tochas) acompanhando o sacerdote que levaria a imagem do Menino Jesus nos braços.

d) Expôr o Evangeliário numa estante.

e) Proclamar o Anúncio Solene do Nascimento de Jesus (Calendas) ou o Lucernário.

f) A seguir às Calendas ou Lucernário, cantar o Hino de Louvor, omitindo assim o Ato Penitencial.

g) O Hino de Louvor é o canto do Natal. Durante o canto, poderá se incensar o Menino Jesus, colocado no presépio, no centro da Coroa do Advento ou próximo ao Evangeliário. As crianças poderão oferecer flores ao Menino. Os sinos devem tocar.

i) Na Profissão de Fé, ajoelhar-se às palavras: “Que foi concebido...” (Símbolo Apostólico) ou “E se encarnou...” (Símbolo Niceno-Constantinopolitano)

j) Sugestão de cantos: Pode-se dar preferência às músicas do Hinário Litúrgico vol. 1 ou utilizar cantos conhecidos pela comunidade, contanto que sejam adequados ao momento litúrgico.

* Celebração da Noite:
Abertura: “Reis e nações se amotinam” Sl 02 (CD Liturgia V – Paulus)
                      “Vinde irmãos e exultai de alegria” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)

Apresentação dos Dons: “Cristãos, vinde todos” (CD Liturgia V – Paulus)
                                                     “A festa de dons” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)

Comunhão: “Da cepa brotou a rama” (CD Liturgia V – Paulus)
                           “Nasceu o Salvador” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)
                         “Chegou a hora – Meu caro irmão” (Hinário Litúrgico I)

Despedida: “Noite Feliz”
                          “E bate o sino feliz também” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)

* Celebração do Dia:
Abertura: “Nasceu-nos hoje um menino” (CD Liturgia V – Paulus)

Apresentação dos Dons: “Cristãos, vinde todos” (CD Liturgia V – Paulus)
                                                     “A festa de dons” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)

Comunhão: “A luz resplandeceu” (CD Liturgia V – Paulus)
                           “Nasceu o Salvador” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)
                         “Chegou a hora – Meu caro irmão” (Hinário Litúrgico I)

Despedida: “E bate o sino feliz também” (CD Alguém está nascendo – Paulinas)

* No fim das celebrações, sobretudo quando se dá o Menino a beijar, podem cantar-se melodias e cantos tradicionais, como por exemplo: “Noite Feliz”, “Vinde cristãos, vinde à porfia”, “Os pastores encontraram”, "Adeste fideles". Aconselho dois cds lançados pelas Paulinas – Comep: Este presépio é do céu, do coral Tangarás de Minas Gerais e Diante do Presépio do Padre Zezinho.

k) No fim das celebrações, apresentar a imagem do Menino Jesus para ser beijada.

l) O oficiante poderá estar perto da imagem do Menino Jesus (que poderá ser apresentada pelos acólitos ou ministros) para saudar cada um e desejar um Natal Feliz a cada família.

***
Espero ter ajudado algumas comunidades que se preparam para festejar o nascimento do Salvador!
Um Feliz e Santo Natal para todos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Natal do Senhor - Sugestões

Continuando com a postagem anterior, nesta daremos algumas sugestões para a celebração da noite do Natal, a famosa Missa do Galo, como imortalizou Machado de Assis.
Geralmente celebrada à meia-noite, esta missa se transforma num grande eco daquilo que os anjos anunciaram há mais de dois mil anos em Belém: "Hoje na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é Cristo, o Senhor!"

Lucernário
Uma sugestão é a execução do Lucernário, no início da celebração, logo após a saudação presidencial. A igreja deve se encontrar na penumbra e o Círio Pascal deve ser utilizado. Transcrevo abaixo a celebração completa como sugere a Revista de Liturgia nº 133.

No meio da igreja, uma jovem vestida de branco ou amarelo, acende o círio dizendo:
Voz 1 - Hoje nasceu para nos o Salvador do mundo. Brilhou em nossa noite a claridade da verdadeira LUZ.

(A assembleia canta:)
A luz resplandeceu em plena escuridão.
Jamais irão as trevas, vencer o seu clarão.
(Outras velas, colocadas em vários pontos do local da celebração, vão se acendendo, enquanto as vozes continuam proclamando)

Voz 2 - Um Salvador nasceu para nós !
Voz 3 - Que se despertem todos os que dormem!
Voz 4 - Que se levantem todos os encurvados da terra !
Voz 5 - Que haja um justo julgamento para os que matam e oprimem !
Voz 6 - Porque o Sol da justiça resplandeceu !
Todos (cantando) : A luz resplandeceu...

Voz 1 - Que todos os povos caminhem para a claridade de sua LUZ !

(À luz das velas, uma pessoa canta os versos da proclamação do Natal - semelhante à proclamação da páscoa e com a mesma melodia, no Hinário Litúrgico II, pág. 143.)

Ouçamos um canto novo - tomando conta da terra: -
Glória a Deus e Paz ao Povo, - ódio ao ódio, guerra à guerra!

Miséria, mentira e morte: Não vão nos fazer parar.
Ó venham, cantamos forte, 'inda é tempo de louvar !

O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
Os corações para o alto!
- Ao Deus ressoe nossa voz.

1. Ó noite silenciosa! O desejado chegou!
A promessa foi cumprida: tempo de espera acabou!

Bendito seja o Cristo Senhor!
Hoje nascido nosso Salvador! (bis)

2. Ó noite silenciosa! Chegou-nos o Emanuel!
O clamor foi atendido, choveu justiça do céu!

3. Ó noite silenciosa! A sede foi saciada!
O esposo está à porta! Encontra a sua amada!

4. Ó noite silenciosa! Chegou o dia esperado!
Brotou a antiga raiz, sinal do céu nos foi dado!

5. Ó noite silenciosa! Deus enviou o seu Filho!
Nasceu o Sol do Oriente, a luz espalha o seu brilho!

6. A vós, ó Pai, nesta noite, os servos cantam louvor.
Tornados filhos no Filho, no Espírito de Amor.

(acendem-se todas as luzes)


Calendas
Outra sugestão é o Anúncio Solene do Nascimento do Salvador, chamada de Calendas. Substitui também o Ato penitencial. É retirado do Martirológio Romano. Pode ser cantado ou recitado. Para o canto pode pegar uma melodia gregoriana, ou a que comumente chamamos de reto tom.
Deve ser feito com muita festividade e alegria, pois é um anúncio. Segue a versão em português e a versão latina do Martirológio Romano:

Em português:
Vinte e Cinco de Dezembro. Oitava Lua.
Tendo transcorrido muitos séculos desde a criação do mundo,
Quando no princípio Deus tinha criado o céu e a terra e tinha feito o Homem à sua imagem;
E muitos séculos de quando, depois do dilúvio, o Altíssimo tinha feito resplandecer o arco-íris, sinal da Aliança e da Paz;
Vinte e um séculos depois da partida de Abraão, nosso pai na fé, de Ur dos Caldeus;
Treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés;
Cerca de mil anos depois da unção de David como rei de Israel;
Na sexagésima quinta semana, segundo a profecia de Daniel;
Na época da centésima nonagésima quarta Olimpíada;
No ano setecentos e cinqüenta e dois da fundação da cidade de Roma;
No quadragésimo segundo ano do Império de César Otaviano Augusto;
Quando em todo o mundo reinava a paz, Jesus Cristo, Deus Eterno e Filho do Eterno Pai, querendo santificar o mundo com a sua vinda, tendo sido concebido por obra do Espírito Santo, tendo transcorrido nove meses, (aqui eleva-se a voz, e todos se ajoelham) nasce em Belém da Judeia da Virgem Maria, feito homem:
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana.
R. Graças a Deus.
 Em latim:
Octavo Kalendas Ianuarii. Luna Octava.
Innumeris transactis saeculis a creatione mundi,
Quando in principio Deus creavit caelum et terram et hominem formavit ad imaginem suam;
Per multis etiam saeculis, ex quo post diluvium Altissimus in nubibus arcum posuerat, signum foederis et pacis;
A migratione Abrahae, patris nostri in fide, de Ur Chaldaeorum saeculo vigesimo primo;
Ab egressu populi Israel de Ægypto, Moyse duce, saeculo decimo tertio;
Ab unctione David in regem, anno circiter milesimo;
Hebdomada sexagesima quinta, juxta Danielis prophetiam;
Olympiade centesima nonagesima quarta;
Ab Urbe condita anno septingentesimo quinquagesimo secundo;
Anno imperii Caesaris Octaviani Augusti quadragesimo secundo;
Toto Orbe in pace composito, Iesus Christus, aeternus Deus aeternique Patris Filius, mundum volens adventu suo piissimo consecrare, de Spiritu Sancto conceptus, novemque post conceptionem decursis mensibus (hic vox elevatur, et omnes genua flectunt), in Bethlehem Iudae nascitur ex Maria Virgine factus homo:
Nativitas Domini Nostri Iesu Christi secundum carnem.
R. Deo Gratias.
Segue abaixo um vídeo retirado do Youtube, onde se canta em latim:



Amanhã, postarei mais sugestões práticas e de cantos que podemos utilizar em nossas celebrações.

Natal do Senhor


Boa tarde queridos leitores!
Conforme prometido hoje postarei algumas sugestões para as celebrações natalinas, mas antes disso é importante ressaltar o sentido teológico, litúrgico (e também mistagógico) desta solenidade que é um dos pólos do Ciclo Natalino.

Durante duas semanas, a Igreja recorda o nascimento de Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito Homem. Para ajudar a aprofundar e a celebrar este mistério, as orações litúrgicas e as leituras bíblicas são uma grande ajuda. É também importante o modo como enfeitamos as nossas igrejas, os cânticos escolhidos para as celebrações e, até, a Oração Eucarística a utilizar.

Ao entrar na igreja, qualquer pessoa terá de se aperceber do caráter festivo e alegre desta solenidade: a cor branca (dourada), flores, etc. O presépio é uma catequese para as crianças e para os adultos. Deverá ser elaborado num local acessível a todos e que se pudesse contemplar ao entrar e ao sair da celebração da noite (e nos outros dias do tempo).

A árvore de Natal, símbolo da árvore do Jardim do Éden e da árvore da cruz, pode estar colocada junto do presépio.  Tome-se cuidado com objetos artificiais, que não revelam a VIDA: a árvore deve ser uma árvore natural e não feita de plástico. No presbitério, em lugar de destaque, será oportuno colocar uma linda imagem do Menino Jesus.

“Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor”

Esta é a mensagem que encontramos nas orações e nas leituras das quatro celebrações que a liturgia tem para este dia (Vigília, Noite, Aurora, Dia). Podemos escolher as leituras mais adequadas à assembleia que celebra. As leituras, exceto as da Missa da Vigília, podem ser mudadas e adaptadas nas outras três celebrações deste dia (o mesmo já não acontece com as orações).

As primeiras leituras anunciam a boa nova ao povo que, interpretada à luz do Novo Testamento é o nascimento de Jesus Cristo. As segundas leituras falam da manifestação do amor e da bondade que Deus tem por toda a humanidade. Os evangelhos da Noite e da Aurora, ambos de S. Lucas, relatam com pormenor o nascimento de Jesus Cristo e falam-nos de todos aqueles que receberam esta notícia. O evangelho do Prólogo de S. João, proposto para a Missa do Dia, narra o nascimento de Jesus Cristo numa perspectiva mais teológica, sendo necessária uma melhor explicação.

Neste tempo de Natal, a atitude de um cristão deve ser a contemplação. O mistério do nascimento do Filho de Deus mais que explicação requer contemplação. Depois de uma preparação (Advento), os cristãos contemplam o nascimento que mudou o curso da história. Uma contemplação que enche de paz o coração: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.

Como acontece na Semana Santa, o Natal é um dos tempos litúrgicos em que a religiosidade popular se manifesta com mais ênfase. Os gestos próprios da religiosidade popular (a adoração do menino, as novenas, as folias de reis, etc) podem ser muito úteis, servindo de complemento às celebrações litúrgicas, ajudando a que o mistério do nascimento de Jesus Cristo inunde o interior de todos os fiéis.

No próximo post, destacaremos as sugestões para esta tão importante solenidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Antífonas do Ó - 3ª parte

Caros amigos!
Segue a terceira e última parte do nosso trabalho sobre as Antífonas do Ó, amanhã trarei algumas sugestões para a celebração do Natal do Senhor, tanto para a missa da noite, quanto para a missa do dia e alguns cantos que podem enriquecer nossas liturgias!



21 de dezembro
Ó Sol do Oriente

O Oriens
splendor lucis æternæ, et sol justitiæ
Veni et illumina sedentes in tenebris
et umbra mortis.


Ó Oriente
esplendor da luz eterna e sol da justiça
Vinde e iluminai os que estão sentados
nas trevas e à sombra da morte.

Ó Sol do Oriente,
és o Sol da Justiça que desponta,
resplendor de uma luz que não se apaga,
quem habita nas trevas te aguarda,
quem do cego pecado está na sombra,
quem da morte adormece, leva em conta!
Vem, Senhor, essa escuridão faz clara, ó, ó...
- Vem, ó Filho de Maria,
vem raiar Sol da justiça!
Quanta sede, quanta espera,
quando chega, quando chega aquele dia?

22 de dezembro
Ó Rei das nações

O Rex gentium
et desideratus earum
lapisque angularis,
qui facis utraque unum:
Veni et salva hominem quem de limo formasti.


Ó Rei das nações
e objeto de seus desejos,
pedra angular
que reunis em vós judeus e gentios:
Vinde e salvai o homem que do limo formastes.

Ó... ó Rei das nações:
desejado dos povos, Rei das gentes,
tudo ajuntas em Ti, Pedra Angular!
Inimigos tu vens apaziguar,
vem salvar este povo tão dormente,
pois do barro formaste o nosso ente;
vem, Senhor, e não tardes, vem salvar, ó, ó...
- Vem, ó Filho de Maria,
Deus da nossa alegria!
Quanta sede, quando espera,
quando chega, quando chega aquele dia?


23 de dezembro
Ó Emanuel

O Emmanuel,
Rex et legifer noster,
exspectatio gentium,
et Salvador earum:
Veni ad salvandum nos,
Domine Deus noster.


Ó Emanuel,
nosso rei e legislador,
esperança e salvador das nações,
Vinde salvarnos,
Senhor nosso Deus.

Ó... ó Emanuel:
Deus-Conosco, ó Rei Legislador,
esperança de todas as nações,
desejado de todos corações!
És dos pobres maior libertador,
finalmente salvar-nos vem, Senhor,
ó Deus nosso, ouve as nossas rogações, ó, ó...
- Vem, ó Filho de Maria,
vem depressa, ó luz da Vida!
Quanta sede, quanta espera,
quando chega, quando chega aquele dia?

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Até mais!
Amanhã postarei sugestões!
Sigam-me no Twitter: @john_artur