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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Oitava do Natal - 2ª Parte

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus




Na Eucaristia de hoje, dia 1 de Janeiro, além da maternidade divina de Maria, que é o acontecimento central, há outros aspectos a ter em conta: a oitava do Natal, a circuncisão e a imposição do nome ao recém-nascido Filho de Deus, o início do ano civil e o Dia Mundial da Paz. Nem todos têm a mesma relevância. Por isso, é necessário hierarquizar a sua importância na celebração.

O tema principal deste dia é a maternidade divina de Maria. A partir da perspectiva de Maria, continuamos a contemplar o mistério do nascimento do Filho de Deus. As leituras e as orações da missa mostram Maria como Mãe de Deus. Deus entregou-nos o seu Filho pela maternidade de Maria (Oração do Dia); “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher” (2ª Leitura). Maria é o instrumento escolhido por Deus para concretizar o seu plano salvífico. Ela, com o seu “sim”, faz com Deus se encarne e abra os olhos à luz deste mundo. Ela recebe o Filho de Deus como um dom, que transformou a sua vida, e entregou-O ao mundo. Como Maria, nós também O recebemos como um dom, ocupando o centro da nossa vida para a transformar. Como Maria, devemos entregá-Lo aos outros.

Hoje, conclui-se a semana durante a qual, como se um único dia se tratasse, celebramos o nascimento do Filho de Deus. Hoje, é a oitava do Natal. As leituras bíblicas que se proclamarão na liturgia da palavra continuarão a ajudar-nos a contemplar este acontecimento salvífico: a 2ª Leitura fala-nos da finalidade da encarnação; o evangelho narra o nascimento de Jesus Cristo e a sua apresentação no Templo.

A Oitava do Natal coincide com a circuncisão e a imposição do nome ao recém-nascido Filho de Deus: Jesus (como foi indicado pelo anjo na anunciação). Na parte final do evangelho, S. Lucas descreve brevemente este acontecimento. Jesus significa “Deus salva”. Com o nome escolhido, Deus, desde sempre, manifesta a razão e o objetivo do nascimento do seu Filho: a salvação da humanidade. A Oração sobre as Oferendas contém esta ideia ao referir-se a este mistério da vida do Senhor como “as primícias da vossa graça”.

Hoje, é o primeiro dia do ano: um novo ano. No aspecto litúrgico, este fato não é muito importante, mas na sociedade tem um grande significado. Será oportuno o oficiante, no início da celebração, depois da saudação litúrgica, desejar um feliz ano novo à assembleia.  Também poderá fazer este voto antes da bênção final. No Missal, há um formulário de bênção solene para o primeiro dia do ano que poderá (e deve) ser utilizado.

Por vontade do Papa Paulo VI, no primeiro dia do ano, a Igreja reza de um modo especial pela paz. Por intercessão de Maria, Rainha da Paz, a Igreja pede ao Seu Filho, Príncipe da Paz, o dom supremo da paz; dom que vem do alto, fruto da bênção de Deus, como nos dirá a 1ª Leitura. Nas monições e na homilia, será oportuno fazer referência ao Dia Mundial da Paz e ao tema da Mensagem Papal. Este ano o tema é Liberdade religiosa, caminho para a paz!, e pode ser encontrada no link abaixo:

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